Avesso a padrões e limitações sufocantes do mercado fonográfico, Luiz Nascimento apresenta seu mais recente trabalho, o álbum Misantrópico. Lançado em 2019, este projeto soa como um enigma, uma linguagem cifrada, um contragolpe ao que é líquido e certo.
Resultado de um financiamento coletivo, a sonoridade deste projeto nos conduz por atmosferas e estéticas delirantes, lisérgicas, que nos faz vagar em uma viagem muitas vezes obscura, outras vezes frenética, inebriante, mas também angustiante.
Disponível nas plataformas spotify e deezer, Misantrópico é uma terapia de choque proposta por Luiz. Sua dinâmica não concebe qualquer forma de conforto ou adequação. Quando algo parece se encaixar, Nascimento vai lá e puxa o tapete da expectativa - exatamente como a implacável vida, em suas demandas e perversidades.
Com a participação de nomes como Henrique Edwin (bateria), Rafael Wolbert (baixo) e Pedro Petcher (teclado), entre outros convidados, Misantrópico é um devaneio sonoro, uma provocação, uma confusão objetiva, um salto, um mergulho, um encontro corajoso com o caos, daquele que busca estar em paz, em meio a fantasmas ou ao isolamento total.
Sandália e Meia sem Meias Palavras
01 Cumaná – o começo da viagem, abre-se o portal, sejam bem-vindos!
02 Fábula – mistério, hipnose, confusão, delírio, a chegada ao novo lar misantrópico
03 Cilada de Gringo – o choque do encontro, a dança negociada das diferenças
04 Tumba Lacaia Funda – um mantra, a conexão, o ritual de aceitação deste novo momento
05 Tenebrae – a consolidação do ser misantrópico genuíno, distinto, único em sua angústia
06 Chapéu Panamá – A festa do encontro, do pertencimento e da almejada proteção
07 Tá Verde (Canção Perdida) – grito conclusivo e incerto, um desabafo, uma confissão
Clique em cada faixa e faça o download das canções ou clique aqui e baixe o disco completo.
Luiz Nascimento
Cantor, compositor e multi-instrumentista mineiro, nascido em João Monlevade, criado em São João del- Rei, Luiz é formado em canto pela BITUCA – Universidade de Música Popular de Barbacena e trabalha com música desde 2004, tendo integrado os grupos Martelo de Pano, onde lançou Café da Manhã, Café da Tarde, em 2008, e Trem Xaxado; além de ter feito trilhas para as peças Domdeandar e Flor de Manacá, da Cia Teatro da Pedra.
Em 2014, lançou seu primeiro trabalho solo, Na trilha do Sol, parte do projeto homônimo de viajar rumo ao norte, nordeste e países da América do Sul. Além de arranjar, gravar e mixar suas músicas, neste disco, Luiz fez voz, violão, sanfona, pandeiro, zabumba, triângulo, latão de solvente, derbake, apitos, caxixi, coquinho, sopro de vento e trombone bocal no megafone.
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